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¬CAPITULO VIII A REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 1.842



Na véspera do dia 26 de julho de 1.842, eu conversava com os companheiros da Mina do Gongo Soco; todos nós preocupados quanto aos boatos e notícias sobre o Movimento Revolucionário.
Movimento encabeçado por Teófilo Ottoni e José Feliciano Pinto Coelho da Cunha, presidente da Província de Minas.
Feliciano nascido na vizinha Vila Nova da Rainha de Caeté, homem de grande importância na região, tinha seus domínios políticos por toda a vasta província.
Tanto era notório o seu prestígio, que fora guindado à presidência  dela.
Nós ingleses, apesar de neutros no conflito que se armava, estávamos no centro do vulcão, pois o presidente nascera a poucos quilômetros do Gongo Soco.
Se houvesse motivos de beligerância, querendo ou não, seriamos alvos das forças em luta.
A juventude do imperador D. Pedro II, não impunha respeito aos ambiciosos políticos que desejavam compartilhar as rédeas dos Ministérios.
As províncias de Minas e São Paulo, não se conformavam com as leis retrógradas aprovadas pela “Constituinte de l2 de maio do ano de 1.842“ abolindo o Conselho de Estado.
Mais ainda, reformando o Código de Processo Criminal.
Esta última lei abastardava o Júri, permitindo a prisão arbitrária e suprimindo a inviolabilidade do asilo, que a Constituição garantira a cada cidadão brasileiro.
O civismo do homem mineiro fora atingido em cheio, no que mais prezava; sua plena liberdade.
Os Liberais com a abertura do Parlamento em Abril de 1.84l, tendo a frente os notáveis mineiros: Teófilo Ottoni, Marinho José Pedro Dias de Carvalho, Limpo de Abreu, Camilo Armod e José Feliciano Pinto Coelho da Cunha, conseguiram eleger o deputado Martim Francisco, presidente da Câmara e Marinho, secretário da mesma.
Politicamente a Câmara ficara nas mãos da oposição e contrária aos interesses do governo de Sua Majestade Imperial, conduzida até então por representantes da ala governista.
A  primeiro de maio de 1.841, Sua Majestade dissolveu-a, convocando outra para primeiro de novembro daquele mesmo ano.
Estava aceso o estopim para a revolução CONSTITUCIONALISTA, a consciência dos mineiros mais uma vez clamava pela inteira liberdade das instituições políticas.
A vila de Santo Antônio do Rio Abaixo, fiel ao seu conterrâneo José Feliciano, apoiava e arregimentava forças para engrossar as fileiras dos combatentes revolucionários, do despotismo da Coroa.

Ver anexo nº 25, residência de José Feliciano Pinto Coelho da Cunha, o barão de Cocais, quando morou e foi presidente de Câmara em Santa Bárbara.

O entusiasmo dos rebeldes comprovava a união no centro da província e contaminou o apelo às armas.
Os combates dos “Chimangos” contra  as forças federais, foram arrasadores nos primeiros encontros.
A luta estava praticamente vencida pelos revoltosos da província, quando em proclamação calma e equilibrada, o comandante Feliciano, pediu para que evitassem combates diretos e sangrentos, com perdas inúteis de irmãos.
A coluna revolucionária de Santo Antônio do Rio Abaixo, arregimentada através de seus vereadores e cidadãos mais ilustres:
João Antônio de Magalhães e Francisco Paes Rabello Horta, entregaram o comando das ações dos pelotões ao bravo e eminente coronel Manuel Tomás Pinto de Figueiredo Neves.
O vereador João Antônio Magalhães era ligado por laços familiares a Thomé Mendes Campello, pois dona Maria Luciana d’Afonseca Magalhães, primeira esposa do Guarda-Mor, era da mesma família do vereador revoltoso. 
Seguindo em marcha para Oeste, o batalhão de Santa Bárbara engrossou as fileiras dos revoltosos de Nossa Senhora da Rainha de Caeté e colocou os federais comandados por Caxias a recuar rumo ao Rio das Velhas.
Lemos e Martins, dois comandantes das colunas enviadas por Santa Bárbara vão se juntar às de Alvarenga e Galvão e conseguem encurralar o exército de Caxias na cidade de Sabará.
Após fuzilaria de 12 horas, os revolucionários tomaram uma das mais antigas e a maior cidade da província.
Restava aos vencidos, o caminho pelas margens do Rio das Velhas, descendo as corredeiras rumo à Santa Luzia.
O final estava preste; as notícias dos vitoriosos combates dos revoltosos engrossaram ainda mais as suas fileiras.
O exército de Caxias que semanas antes, descansara nas fazendas do Rio São João, Cavalhadas e do Rosário em Bom Jesus do Amparo, humilhado batera em retirada a espera de um milagre.
A ressonância das batalhas, chegou aos ouvidos dos padres do Caraça, que mal informados e medrosos, resolveram fugir com seus alunos da proximidade do palco das lutas.
O padre Superior não queria envolvimentos de seus alunos e muito menos da Congregação.
Dos 100 estudantes internos do Caraça, alguns voltaram às suas famílias e outros, foram para Congonhas do Campo, onde a Congregação mantinha outra casa dos filhos de São Vicente.
Alguns poucos alunos, seguiram com os padres em lombo de animais numa marcha de 350 quilômetros, até Campo Belo.
A revolução ia fazendo estragos até no ensino mineiro.
Quando os revolucionários alcançaram Santa Luzia, era desejo dos combatentes trucidarem de uma vez o efetivo de Caxias.
Feliciano se opôs ao massacre, conclamando aos subordinados que não manchassem de sangue assassino a família brasileira e os ideais constitucionalistas.
O mundo ainda vivia sob as virtudes cristãs e imperava o cavalheirismo.
O fidalgo homem da Vila Nova da Rainha de Caeté deixara escapar a vitória final do movimento CONSTITUCIONALISTA de l.842.
Os filhos de Santo Antônio do Rio Abaixo, Catas Altas, São João do Presídio do Morro Grande, Brumado, Caeté e Sabará; coroados por seguidas batalhas vitoriosas seguem em perseguição ao exército de Caxias descendo o rio das Velhas.
No dia 11 de agosto, as forças rebeldes atacaram Sabará que estava ainda  em poder dos legalistas; a frente comandando os revolucionários, coronel Manuel José de Lemos dá ordens para que os soldados entrincheirados abrissem fogo contra as forças do  coronel Manuel Antônio Pacheco.
Do Serro e imediações de Caeté, chegam reforços dos coronéis Faustino F. Branco e de João da Motta Teixeira, aliados de Caxias.
Bem guarnecidos no morro da Cabeça do Boi, os revolucionários rechaçam as tropas reforçadas de Caxias.
Avançando sobre Raposos, os comandantes: Alvarenga e Galvão fecham as estradas do Rapa Queijo e Papa Farinha, indo de encontro ao pelotão do bravo tenente Zeferino.
A batalha trava-se dentro das ruas de Sabará, tentando os rebeldes fazerem um bolsão em torno da cidade.
O batalhão de Santo Antônio do Rio Abaixo comandado pelo coronel Joaquim Martins, marcha pelas ruas, até ao largo da Igreja Grande e o major José Maria Brüzzi a frente de um dos pelotões de Santa Bárbara toma a cabeça de ponte de Mãe Domingas, sobre o rio Sabará que atravessa toda a cidade.
Os legalistas sofrem grandes baixas e entre elas, o comandante Manuel Antônio Pacheco.
 No dia 13 de agosto, dois dias após o ataque a Sabará, os rebeldes conseguem dispersar o inimigo e domina completamente a segunda maior cidade da província.
Vitoriosos nesta cidade marcham perseguindo a tropa de Caxias até Santa Luzia do Rio das Velhas.
Concentrados, visando encurralar as tropas federais, desguarnecem as vias de acesso do território por eles dominado.
Fingindo-se bater em retirada, Caxias abre em leque dividindo seu exército em 3 colunas comandadas pelos coronéis: José Joaquim de Lima e Silva, seu irmão e os outros dois: Francisco de Assis Ataíde e Leitão Pacheco.
Com Martins à frente do batalhão de Santa Bárbara, os rebeldes avançam contra a cabeça de Ponte Grande, e desviam para o Nordeste da estrada para Lagoa Santa.
Achando que Martins fugia do combate, João Ribeiro saí gritando:
- “Traidor! traidor!
Morte a Martins!”
Este bravo soldado, atingido com as ofensas, avisa ao seu ajudante de ordens:
“- Vou mostrar a este cachorro filho de uma p...  quem é Martins! ”
Defendendo como podia a Ponte Grande, Galvão espera o reforço do tenente Guerra e do audacioso Zeferino.
Martins gritando: “- Quero viver com honra! mesmo que meu corpo tombe no campo de batalha...”
Caxias fez propagar entre a população que os legalistas atacariam no dia 21, esperando estrategicamente que os rebeldes tomassem posições de combate.
Eles, temendo serem surpreendidos, tomam a iniciativa de avançarem contra as posições inimigas com uma força 3 vezes superior; a arapuca estava armada.
A experiência de um militar calejado e estrategista, com uma força de 800 homens, contra 3.000, demonstrou que nos combates, a superioridade física não é tudo.
Mais que a força bruta, as batalhas são ganhas pela experiência de quem a possuí.
Para o secretário do governo rebelde, o que pesou na derrocada do seu exército, foram os sentimentos de lealdade à monarquia, contra quem lutava por princípios, não por mau querença.
Os sentimentos contraditórios da população de Catas Altas, que estava ao lado dos liberais revoltosos pelos ideais democráticos, mas sentimentalmente ligados aos conservadores pelo respeito a Sua Majestade, mostravam como pesava aos soldados revolucionários, aquela luta fratricida.
Nas tertúlias em casa dos amigos, havia discussões que intrigavam:
Os concunhados: Coronel Emery e Capitão Domingos Pereira da Cunha eram monarquistas intransigentes, entretanto apoiavam a causa revolucionária comandada por Feliciano, parente do capitão Vicente Domingos Pereira da Cunha
A revolução combatia o gabinete de governo que se desviara dos ideais democráticos, não a pessoa do Imperador.

                 Faltando aos revolucionários a sorte restara o princípio pelo qual combatiam.
Foi com o espírito de uma pátria mais justa, fundamentada nas leis; que mais tarde voltaram os revolucionários ao poder; e seu mais denodado combatente, Teófilo Ottoni, morreria senador.
Se a revolução não conseguiu de imediato a reformulação das leis, foi aos poucos conquistando espaços para implantá-las após a revolução de 1.842.
Da revolução sobrou o sentido de que:
Ao Imperador cabia ficar acima dos partidos, não obstante as lutas que causavam os desencontros de seus ideais; como vigilante e um ser superior, ele não poderia permitir que subalternos transformassem seu governo numa oligarquia...
A reviravolta dos derrotados de Santa Luzia, veio logo depois de 1.844 com a dissolução da Câmara.
Começava a desmontagem da engrenagem da máquina Conservadora.
Um fato histórico sem muitos comentários em anos posteriores, marcou a revolução CONSTITUCIONALISTA.
Santo Antônio do Rio Abaixo, depois Santa Bárbara, antigo território desmembrado de Nossa Senhora da Rainha de Caeté, permaneceu fiel a política da terra mãe, dominada pela família PINTO COELHO DA CUNHA.
Os sentimentos fraternos ás vezes confundem os deveres cívicos de um povo.
Itabira do Mato Dentro, cidade vizinha, sem os elos da consangüinidade que unia os cidadãos de Santo Antônio do Rio Abaixo, a Caeté, apoiara as tropas legalistas de Caxias.
No exercício da liberdade, muitos dos que lutaram em 1.842, deixaram em seus descendentes o germe contaminador dos embates políticos.
As famílias: Penna, Pinto Coelho da Cunha, Moreira, Martins, Brüzzi, Motta, Teixeira de Vasconcelos, Bittencourt, continuaram através dos anos a exercerem a influência de seus ideais revolucionários nas comunas onde fixaram raízes.
Nos compêndios escolares da antiga Santo Antônio do Rio Abaixo, nunca se ouviu contar os feitos ou a exaltação dos gloriosos filhos, que lutaram pela Constituição de seu país.
Idealistas e constitucionalistas como: Coronel Joaquim Martins, o major José Maria Brüzzi, os comandantes Alvarenga e Galvão, o bravo tenente Zeferino todos combatentes e heróis que foram de 1.842.
E quem estava à frente destes bravos?
O coronel Manuel Tomáz Pinto de Figueiredo, filho dileto de Santo Antônio do Rio Abaixo, nomeado chefe da Legião dos Guardas Nacionais insurgentes.
Sua investidura se deu perante a Câmara Municipal em 16 de junho de 1.842.
                Nos salões do coronel Emery, nas salas do Dr. Manoel Moreira de
Figueiredo Vasconcelos, ou na casa do adro do capitão Domingos Vicente Pereira da Cunha, discutia-se o bem e o mal que fizera aquela revolução:
Quando voltaria a funcionar o colégio do Caraça?
José Feliciano Pinto Coelho da Cunha agira bem ou mal, não arrasando
         o inimigo quando a vitória estava assegurada e  em suas mãos?
Quem iria repor as perdas de vidas e os estragos financeiros dos que estavam ali discutindo?
Todos levados pelo sentimento de grandeza em servir a uma causa justa.
Padre Francisco Xavier, era de opinião que a incompreensão a vaidade e o
ódio, levavam os homens a luta
A revolução era um paradoxo, não havia motivo circunstancial para  derramamento de sangue como fora a “Guerra dos Farrapos“ apenas inconformísmo de um liberalismo radical  contra um Gabinete.
Faltara aos políticos o bom senso e a moderação de seus atos, sobretudo sobrara a vaidade de querer a força, resolver pendências que deveriam  vir com o tempo...
Dr. Moreira que tratara da ferida da perna do Capitão Brüzzi, atingida por uma bala na batalha de Santa Luzia, invocava a sua opinião:
- Que nos declara, o combatente capitão?
- Soldado e médico é como o senhor, Dr. Moreira!
 Não discutem, agem cumprindo deveres!
 Os facultativos por dever ao juramento; nós soldados cumprindo ordens de quem tem a obrigação de dar.
- Opinião de verdadeiro Prussiano, como sempre cheios de amor às guerras!
- Injusto o comentário do senhor padre Francisco!
Nós temos pavor a guerra, mas não podemos evitá-las quando as fronteiras de nosso país são atacadas como foi o caso da invasão Napoleônica em minha terra.
 Meu país tem valores históricos, como o Brasil e é cortado por um grande rio, que gera abundância e riquezas.
Aqui, neste imenso continente, o país está livre das ambições fronteiriças de seus vizinhos, nós europeus, temos que defender e disputar espaços a cada dia de nossas vidas...
Mas, não tenham a memória curta, lembrem-se dos corsários franceses e dos holandeses.
Não se esqueçam que foi lutando  que o Brasil  forjou sua independência, e quanto sacrifício, não custou a seu povo?
A revolução de 1.842, ficaria marcada nos anais da nossa história; os mesmos derrotados de Santa Luzia, veriam 30 anos depois, graças a um ministério conservador, do Rio Branco a reforma da Justiça, neutralizando os excessos das leis urdidas pelo Visconde do Uruguai.
A cabeça da revolução que se insurgira contra o monarca, foi mais tarde agraciada por ele mesmo, com o título de BARÃO DE COCAIS.
A Nação necessitava de homens de valor.
Para os ingleses do Gongo Soco, o fim da revolução fora um alívio e uma tranqüilidade que eles necessitavam para continuidade de seus trabalhos ali tão perto de Caeté, terra e residência do ex-presidente da Província.
Por ironia do destino, os padres do Caraça, chefiados pelo padre Viçoso  afastados do noticiário e isolados na serra, não ficaram sabendo que 4 dias antes da fuga, em 21 de agosto, os legalistas tinham posto fim a luta pela qual fugiram  os meninos e os padres professores do Caraça.
Viajando por mais de 150 léguas, ida e volta à distante Campo Belo.
Foram 12 anos sem ensino; a “Porta do Céu“ não se abriu aos estudantes, futuros pastores de uma província cheia de ovelhas; não dizimadas pelas alcatéias que sempre habitaram as terras brasileiras, principalmente os  arredores da  serra do  Caraça.
Também a Imperial Brazilian Mining Association que operava em Gongo Soco foi afetada, pelos reflexos da revolução.
As prospecções nas regiões circunvizinhas foram paralisadas; a Mina dos ingleses ficava na rota das tropas combatentes, que cruzavam os caminhos entre Itabira e Sabará, Catas Altas, Santo Antônio do Rio Abaixo e Caeté.
Alheios de uma certa maneira ao conflito, os ingleses necessitavam de paz para continuidade do trabalho da mineração do ouro.
A nossa neutralidade nos colocara numa situação crítica; num país que nos recebera de braços abertos.
Se por um lado a monarquia tinha a nossa simpatia por laços de afinidade a coroa britânica, os rebeldes tinham em seu comando o presidente da província, cidadão ligado à empresa, pois também era um minerador como nós e bom vizinho da Nossa Senhora da Rainha do Caeté.
No período da refrega, os dirigentes da Mina não puderam remeter o ouro para as fundições, tanto de Sabará, como de Vila Rica.
O medo de ataques à tropa de escolta que acompanhava a remessa do ouro, desaconselhava o risco da expedição.
Por outro lado, tínhamos os riscos de acumularmos o ouro ao natural em lugares impróprios e que acabava sendo descoberto pelos curiosos da mina.
Nossas preocupações também atingiam as extrações da região do Caraça, onde os trabalhos prosseguiam com bons resultados.
Desassossegados, viajávamos naqueles tempos pelas estradas que trilhávamos, sempre escoltados por batedores armados, mesmo não carregando o ouro, pois as populações vizinhas de Gongo Soco achavam que nós “godemes" sempre carregávamos ouro em grande quantidade.
Quanto susto, nos caminhos a andar!
O quebrar de galhos no mato, o piar de uma coruja ou silvos de macacos, assustava e ficávamos a espera de um ataque de surpresa.
Um tronco de árvore tombado na estrada era motivo de parada e de averiguação cuidadosa;  podia ser uma tocaia...
Os moradores da região ainda lembravam dos bons tempos que o Capitão-Mor João Baptista de Souza Coutinho, extraíra no mês de março de 1.8l8, o montante de l70 quilos de ouro de 23 quilates.  ( l.)

(1.) Ver informação no livro “ L’or à Minas Gerais “ do pesquisador e engenheiro francês  que aqui esteve radicado  e que em 1.894, publicou  o mais fiel relato sobre as minerações montanhesas .
  

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